Existem várias dúvidas e controvérsias na musculação no que
se refere à amplitude do movimento durante a execução, qual seria o melhor quando
se objetiva a hipertrofia muscular? A amplitude parcial ou a amplitude completa
do movimento?
O que posso logo esclarecer é que ambas técnicas estão
corretas, porém, uma cientificamente torna-se mais eficiente que a outra quando
se diz respeito a hipertrofia muscular.
Em amplitudes parciais do movimento podemos notar que a carga
utilizada é mais alta do que quando realizamos o movimento completo, o menor arco do movimento é compensado em intensidade
pela carga elevada, gerando grande interação das proteínas musculares actina e
miosina.
Em estudos conduzidos por Graves et
al (1992) utilizando séries para musculatura lombar realizada por dois grupos durante
12 semanas concluiu que o grupo que realizou exercícios em amplitude reduzida
ganhou maior força.
Porém, quando o mesmo exercício é
realizado de forma completa, podemos perceber uma diminuição da carga quando se
comparada a amplitude parcial, isso ocorre devido um maior percurso angular do
movimento, havendo assim uma maior utilização das partículas de actina e
miosina;
Apesar do treino com repetições
parciais desenvolver maior capacidade de desenvolver força contra uma carga
maior, diminui a capacidade de estimular hipertrofia, pois, o músculo fica
exposto por um menor período de tempo sob tensão.
Um maior período sob tensão causa um
maior volume de microrrupturas teciduais. Em estudos realizados por Pinto et al (2012) foram montados dois grupos, sendo um de contrações parciais e outro com
contrações completas, ao se comparar ambos os grupos, no que se refere a força
os ganhos foram os mesmos, porém, a hipertrofia foi maior para o grupo que
realizou contrações em amplitudes completas.
Ambos tipos de amplitude de movimento
provocam estímulos, porém, cada um é responsável por aprimorar uma determinada
valência física (força e hipertrofia respectivamente), e deve ser utilizado para fins específicos dentro do treinamento.
Graves J. E,et al. Limited range of motion lumbar extension
strenght training . Med Sci Sport Exercise p. 12 8-33. 1992.
Pinto R.S., et al. Effect of Range of Motion on Muscular Strenght and Thickness. Journal of Strenght Cond Res;26(8):p.2140-5. 2012
Pinto R.S., et al. Effect of Range of Motion on Muscular Strenght and Thickness. Journal of Strenght Cond Res;26(8):p.2140-5. 2012
Guimarães Neto W.M. Musculação Intensidade Total. São Paulo:
Phorte Editora 2nd edição, 2011
Prof. Márcio Luiz de Almeida Bueno

Muito bom!
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