sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Amplitudes parciais ou completas durante a execução do movimento?




      Existem várias dúvidas e controvérsias na musculação no que se refere à amplitude do movimento durante a execução, qual seria o melhor quando se objetiva a hipertrofia muscular? A amplitude parcial ou a amplitude completa do movimento?

     O que posso logo esclarecer é que ambas técnicas estão corretas, porém, uma cientificamente torna-se mais eficiente que a outra quando se diz respeito a hipertrofia muscular.

     Em amplitudes parciais do movimento podemos notar que a carga utilizada é mais alta do que quando realizamos o movimento completo, o menor arco do movimento é compensado em intensidade pela carga elevada, gerando grande interação das proteínas musculares actina e miosina.

     Em estudos conduzidos por Graves et al (1992) utilizando séries para musculatura lombar realizada por dois grupos durante 12 semanas concluiu que o grupo que realizou exercícios em amplitude reduzida ganhou maior força.

     Porém, quando o mesmo exercício é realizado de forma completa, podemos perceber uma diminuição da carga quando se comparada a amplitude parcial, isso ocorre devido um maior percurso angular do movimento, havendo assim uma maior utilização das partículas de actina e miosina;

     Apesar do treino com repetições parciais desenvolver maior capacidade de desenvolver força contra uma carga maior, diminui a capacidade de estimular hipertrofia, pois, o músculo fica exposto por um menor período de tempo sob tensão.

     Um maior período sob tensão causa um maior volume de microrrupturas teciduais.       Em estudos realizados por Pinto et al (2012) foram montados dois grupos, sendo um de contrações parciais e outro com contrações completas, ao se comparar ambos os grupos, no que se refere a força os ganhos foram os mesmos, porém, a hipertrofia foi maior para o grupo que realizou contrações em amplitudes completas.

     Ambos tipos de amplitude de movimento provocam estímulos, porém, cada um é responsável por aprimorar uma determinada valência física (força e hipertrofia respectivamente), e deve ser utilizado para fins específicos dentro do treinamento.


Graves J. E,et al. Limited range of motion lumbar extension strenght training . Med Sci Sport Exercise p. 12 8-33. 1992.

Pinto R.S., et al. Effect of Range of Motion on Muscular Strenght and Thickness. Journal of Strenght Cond Res;26(8):p.2140-5. 2012


Guimarães Neto W.M. Musculação Intensidade Total. São Paulo: Phorte Editora 2nd edição, 2011


Prof. Márcio Luiz de Almeida Bueno

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