O consumo
excessivo de álcool é um dos mais importantes fatores de risco para a saúde no
mundo. O consumo abusivo de álcool pode desenvolver vários tipos de doenças,
como as relacionadas ao aparelho digestivo ou ao sistema cardiovascular, além
de serem propensos a desencadear a dependência, tornando o consumo de bebidas
uma prioridade, em detrimento de outras atividades, inclusive as esportivas.
O álcool tem
influência direta na performance de praticantes de atividades física. Estudos
apontam os malefícios causados pelo consumo de bebidas alcoólicas antes,
durante ou após a prática esportiva. Dentre esses efeitos adversos, podemos
citar: o álcool estimula a diurese, ou seja, ao invés de reidratar o indivíduo,
agiria desidratando ainda mais; o valor calórico da cerveja não é aproveitado
pelo organismo na forma de glicose, não fornecendo combustível para as células
do corpo; diminuição da secreção de testosterona; alteração do metabolismo dos
lipídeos, favorecendo ao acúmulo da gordura na região visceral.
ÁLCOOL E GORDURA
O álcool é uma
fonte de calorias vazias, ou seja, sem valor nutricional algum. Uma dose de
vodka tem por volta de 100 calorias. Se você está tentando perder gordura, é
melhor pensar duas vezes antes de beber. Além do valor calórico, ele também
diminui seu metabolismo, pois interrompe o ciclo de krebs, impedindo as
gorduras de serem quebradas para serem usadas como energia. Um metabolismo
lento significa menor queima de caloria, e por consequência, maior acúmulo de
gordura.
ÁLCOOL E
DESIDRATAÇÃO
Consumir álcool afeta e muito a
hipertrofia. Além da possibilidade de no dia seguinte, influenciar diretamente
na alimentação e treinamento, o álcool deixa o organismo desidratado por um ou
mais dias.
Essa desidratação diminui em
20% a síntese proteica, além de atrapalhar várias outras funções do organismo,
pois todas a reações ocorrem em meio aquoso.
Músculos hidratados ou
super-hidratados (quando se usa creatina) possibilitam um ambiente favorável ao
anabolismo. Músculos desidratados, ambiente favorável ao catabolismo.
ÁLCOOL E HORMÔNIOS
Quanto mais álcool no sangue,
menos testosterona. Além disse, ele ajuda a transformação do hormônio
androgênio em estrogênio (hormônio feminino).Há casos de ginecomastia onde a
causa provável é o grande consumo de álcool.
Em um estudo feito com ratos, o
álcool reduziu a Insulina e o Hormônio do crescimento em 42%.
A hipoglicemia também é muito
comum em quem mistura álcool com exercícios. A atividade física já promove uma
diminuição de glicose no organismo. E o álcool acentua mais ainda esta redução.
O corpo começa a usar a proteína como fonte de energia, pois não há mais
glicose no organismo.
ÁLCOOL E GORDURA ABDOMINAL
Em estudo publicado no European
Journal of Clinical Nutrition, realizado com mais de 250 mil pessoas, confirma
que a "barriga de chopp" não é um mito. Homens e mulheres que bebem
álcool frequentemente sofrem de obesidade abdominal, a qual, por sua vez,
relaciona-se com mortalidade em adultos. O efeito da bebida na gordura acumulada
é maior no caso da cerveja do que no do vinho, embora os dois afetem na
adiposidade na região dos quadris. Segundo o estudo homens que consomem cerveja
apresentam um risco de mais de 75% de ter obesidade abdominal.
Veja tabela abaixo para se ter ideia de quantas calorias se consome em média em uma noite:
Bebida/alimento
|
Calorias
|
1 lata de cerveja
|
147
|
100 ml wisky
|
240
|
1 “shot” de 25ml (37.5%)
|
52
|
125 ml de champanhe
|
85
|
1 copo de vinho tinto (125ml)
|
85
|
1 copo de vinho branco (125ml)
|
88
|
Donner Kebab
|
500 – 750
|
pizza com 30 cms
|
1384
|
Hamburguer (Quarter Pounder)
|
684
|
Cachorro quente
|
464
|
Porção de batatas fritas
|
394
|
Resultados positivos,
seja para perder gordura ou ganhar massa muscular não é uma tarefa fácil, o artigo em questão não se trata de um repúdio contra o uso de bebida alcoólica e
sim um informativo. Cada um tem a consciência do que faz, mas, devemos lembrar
que se quisermos obter bons resultados
são necessárias mudanças de hábitos e seguir uma disciplina rigorosa não só na
academia, mas também, no dia-dia. Dessa forma o resultados é apenas questão de
tempo.
Prof. Márcio
Luiz de Almeida Bueno
Figlie NB, Pillon SC, Dunn J,
Larangeira R. Thefrequency of smoking and problem drinking among general
hospital inpatients in Brazil - using the AUDIT and Fagerstrom questionnaires.
São Paulo Med J2000
King AC, Byars JA. Alcohol-induced
performance impairment in heavy episodic and light social drinkers. J
Stud Alcohol. 2004
http://www.cbcm.com.br/modulos/artigos
Laranjeira, R.
em <
http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/acao-e-efeitos-do-alcool/ >

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